quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Destino do Poeta

Queridos amigos das Letras e das Artes,

Somos todos poetas. Poetas individuais ou coletivos. Poetas da casa, da rua, da escola, dos encontros, poetas da vida.
O poeta descreve sobre a beleza da vida e do mundo, pinta palavras sobre a natureza e o amor profundo, representa sentimentos e ações  com palavras e emoções. Permite que chova versos e sentimentos do coração em forma de canção e perfume...

Reli um poema que descreve um pouco sobre a sabedoria do poeta.

Compartilho com todos vocês:

O Destino do Poeta
(Myrtes Mathias)

Deus deu-me o destino das cigarras:
cantar, fazer feliz, viver contente.
Quando a vida mudar minha sorte,
sei que virá, através da morte,
meus olhos fechar mansamente.

Creio neste Deus que provê tudo
para que eu seja como uma criança,
cantando feliz e sem cuidado,
pois quando tudo me for arrancado
terei ainda o tema da esperança.

Nada entendo de preconceitos, distinções,
vou transformando em canções a dor
dos pobres que morrem sem remédio,
dos ricos que morrem de tédio,
dos que choram seu primeiro amor.

Pois quero dizer a Deus, quando indagar:
-Que escreveste no livro da História?
-Procurei  cumprir minha missão,
ensinei aos homens mais uma canção...

Deus me deu o destino das cigarras:
cantar, fazer feliz, viver contente.
Quando a vida mudar minha sorte,
sei que virá através da morte,
meus olhos fechar docemente.

( Extraído do livro Menina Sem Nome, 1972)

Até breve!
raquelcorreiaescritora.blogspot.com



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