Prezados leitores, amigos das Letras e das Artes,
Iniciei este texto pensando numa grande colcha de retalhos.
Nossa vida tem um pouco disso... recortamos e montamos, como se fossem retalhos...
Estive repensando um pouco a respeito da vida... da minha vida... e dos caminhos pelos quais trilhamos.
Nascemos e passamos parte de nossa infância no aconchego da dependência. Precisamos de leite, água, alimento... banho, roupa, cuidado... amor.
Em determinado momento, isto começa a mudar. Começamos a pensar que já podemos tudo! De fato, podemos muito! Mas, nem tudo é possível.
Na escola queremos ser, realizar, fazer e demonstrar que já sabemos tudo aquilo que ainda se constrói no caminho no aprender, até o dia que nossa mente desperta para o conhecimento formal, da pura racionalidade humana e nossos sentidos, sentimentos e pensamentos se abrem para múltiplos saberes e realidades.
Nossos sentimentos, emoções, sensações despertam para momentos inimagináveis na infância... e que na juventude, são rascunhados através de sonhos, paixões, escolhas... carreira, trabalho, família... sempre um processo de (re)CONSTRUÇÃO.
Somos e estamos cada dia, num movimento de refazer, aprender, reconhecer que construímos, desconstruímos e reconstruímos cada momento de nossa existência. Com luta, persistência e determinação!
Algumas vezes, queremos tirar de nossa colcha um dos retalhos que não foi bem projetado, mas não é possível desmontar os anos de construção e realizar a substituição, então aprendemos a conviver com as marcas de alguns dissabores. Mas acreditamos que estas nos servem como experiências de revitalização.
E se nossa colcha estiver bem colorida, com retalhos de alegria e realizações, os retalhos de tristeza servirão apenas como marcas de superação.
Juntamos retalhos com fases do nosso tempo de experiência e acabamos por construir uma grande colcha... aos poucos sendo mais delineada e acabada, com formas, tamanhos e cores que o tempo permite costurar...
Até breve!
raquelcorreiaescritora.blogspot.com/
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